O
ex-seminarista Gil Grego Rugai voltou a ser preso na noite desta segunda-feira
(22), horas após ter a sua prisão decretada pela
Justiça de São Paulo. A informação é do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), para onde Rugai foi encaminhado.
Em 2013,
ele foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de seu pai,
Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O crime
ocorreu em 2004, dentro da residência do casal em Perdizes, na Zona Oeste da
capital.
A prisão foi
decretada pela 5ª Vara do Júri da Capital após o Supremo Tribunal Federal
(STF) concluir que um réu condenado em segunda instância na Justiça pode
começar a cumprir pena de prisão, ainda que esteja recorrendo a
tribunais superiores.
O advogado de Rugai,
Marcelo Feller, diz que seu cliente tinha direito, pela sentença que o
condenou, a permanecer em liberdade. Ele diz considerar a decisão do STF
ilegal.
Pai e madrasta de Rugai
foram mortos a tiros em 2004. O ex-seminarista sempre alegou inocência, mas,
para a acusação, ele cometeu o crime porque o casal tinha descoberto que o ele
supostamente fazia desvios financeiros da empresa do pai.
Rugai saiu da prisão em
setembro do ano passado, após a Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) decidir por sua soltura. Na ocasião, os ministros
entenderam que ele poderia recorrer em liberdade, como previa a sentença
condenatória da primeira instância.
Ele foi condenado em júri no Fórum da Barra
Funda a iniciar em regime fechado.
Anulação do julgamento
Os desembargadores negaram, por unanimidade, em novembro de 2014, um pedido da defesa de Rugai para anular o julgamento ocorrido em fevereiro de 2013. Os advogados do condenado queriam a anulação alegando que houve erros durante o processo.
Os desembargadores negaram, por unanimidade, em novembro de 2014, um pedido da defesa de Rugai para anular o julgamento ocorrido em fevereiro de 2013. Os advogados do condenado queriam a anulação alegando que houve erros durante o processo.
Os defensores disseram
que contas telefônicas comprovariam que Rugai estava em outro lugar no momento
dos assassinatos. Os advogados também alegam que a perícia errou na elaboração
do laudo do arrombamento da porta, que teria sido danificada por um pé
compatível com o de Gil. Uma “testemunha surpresa” também ouvida durante o
julgamento de Gil seria um argumento para pedir a anulação do júri, de acordo
com a defesa.
Durante júri, Gil foi
considerado culpado pelas mortes. Acabou condenado por duplo homicídio
qualificado por motivo torpe. O estudante saiu do júri sem ser preso porque já
respondia ao crime em liberdade. Após a decretação da prisão em 2014, Rugai foi
levado para a Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé, no
interior de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário