26 de dezembro de 2015

Pacientes recorrem à Justiça para conseguir atendimento médico no RJ

A saúde pública ainda é motivo de preocupação para os cidadãos do Rio de Janeiro. Com a crise no estado, o número de pacientes aumentou em pelo menos duas unidades municipais, mostrou o RJTV deste sábado (26). Para conseguir atendimento médico, pacientes vêm recorrendo à Justiça. "A crise se agravou agora, no final desse ano, em dezembro, com a parada sucessiva dos hospitais. Mas ela já vem se arrastando desde agosto. É necessário gestão, planejamento, uma reorganização imediata de todo o sistema único de saúde do estado do Rio de Janeiro nesse momento", disse Thaisa Guerreiro, defensora pública. No Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, os atendimentos subiram de cinco mil para oito mil por dia. Já no Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, houve aumento de quase 85% nos atendimentos, por causa da paralisação das emergências estaduais na região. Pacientes recorrem à Justiça Pacientes que precisam de transferência para outras unidades também enfrentam problemas. Em alguns casos, as famílias recorrem à Justiça. E nem assim o direito é garantido. Com fraturas no quadril e no fêmur, Ilson está na cama do Hospital Estadual Albert Schweitzer, esperando por uma cirurgia há dois meses. “Que eu me opere logo, pelo amor de Deus, me opere logo. Muita dor, meu Deus. Eu estou tomando morfina dia e noite e a dor não passa. O osso está rasgando a minha perna. Não estou aguentando mais não”, suplicou. No fim de outubro, a mulher dele conseguiu na Justiça uma liminar determinando a transferência para outro hospital. Uma unidade em que a cirurgia pudesse ser feita, no entanto, até esta reportagem, isso não havia ocorrido. Marcele da Silva Rocha, de 70 anos, chegou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rocha Miranda, no dia 16 de dezembro, com um acidente vascular cerebral. O caso é grave. Ela precisa ser internada em um hospital para fazer uma tomografia e ter acompanhamento de um neurologista, mas não foi. A famílias conseguiu na Justiça uma liminar exigindo a transferência em 24 horas, mas nada aconteceu. “No dia 23 retornamos à Justiça e conseguimos outra liminar pra transferir ela, porque estava quase vindo a óbito e teria que ter sonda alimentar e na upa não se encontrava”, disse um familiar. Eles entraram na Justiça mais uma vez e conseguiram outra liminar, no entanto, Marlene só foi levada ao Hospital Federal da Lagoa depois de 9 dias. O filho Roberto disse que os médicos consultavam a todo momento o Sistema de Regulação de Leitos (SISREG), e não encontravam uma vaga para ela. Nesta sexta-feira (26), ela foi transferida. Novo secretário visita O secretário estadual de saúde que vai assumir em janeiro esteve hoje de manhã no Hospital Getúlio Vargas. Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior foi conhecer o hospital e avaliar as necessidades. Ambulâncias chegavam a todo momento, e os atendimentos de emergência estão sendo feitos normalmente. Veja a situação das unidades de saúde: - Hospital Estadual Rocha Faria: As especialidades Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Maternidade estão funcionando sem restrições. A especialidade de cirurgia de geral está restrita aos casos de urgência/emergência. Cirurgias de menor gravidade, estão sendo encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer. Nas demais especialidades, os casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento na UPA Campo Grande I, localizada no endereço: Estrada do Mendanha, s/n – Campo Grande. - Hospital Estadual Albert Schweitzer: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria e Maternidade estão funcionando sem restrições. Casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento na UPA Realengo, localizada no endereço: Rua Mal. Joaquim Inácio, s/n – Realengo. - Hospital Estadual Carlos Chagas: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral e Pediatria estão funcionando normalmente. Casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento na UPA Marechal Hermes, localizada no endereço: Rua Xavier Curado, s/n – Marechal Hermes. - Hospital Estadual Getúlio Vargas: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Ortopedia e Pediatria estão funcionando normalmente. Casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento na UPA Penha, localizada no endereço: Av. Lobo Júnior, s/n – Penha Circular. - Hospital Estadual Adão Pereira Nunes: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Ortopedia, Pediatria e Maternidade estão funcionando normalmente. Casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento no Hospital Municipal Moacyr do Carmo, localizada no endereço: Rodovia Washington Luiz- Vila São Luís, Duque de Caxias. - Hospital Estadual Azevedo Lima: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Ortopedia, Pediatria e Maternidade estão funcionando normalmente. Casos de menor complexidade, estão sendo direcionados para o atendimento na UPA do Fonseca, localizada no endereço: Rua Sá Barreto, 107 – Fonseca – Niterói; Ou para UPAs próximas à residência dos pacientes. - Hospital Estadual Alberto Torres: As especialidades Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Neurocirurgia, Ortopedia e Pediatria estão funcionando normalmente. Unidades de Pronto Atendimento As Unidades de Pronto Atendimento de gestão estadual estão funcionando normalmente. No entanto, há restrição de atendimento nas unidades abaixo: - UPA Itaboraí: O atendimento de clínica médica está funcionando normalmente. Porém, o atendimento pediátrico está restrito aos casos mais graves. Os casos menos graves da pediatria, estão sendo orientados a buscar atendimento no Hospital Municipal Leal Júnior. Endereço: Avenida Pref Alvaro de Carvalho Junior, S/N, Nancilandia - Itaboraí - RJ. fonte: G1.COM.BR

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