SÃO PAULO – O home broker é uma ferramenta que várias corretoras de valores disponibilizam para que seus clientes possam comprar e vender suas ações na internet sem um contato direto com alguém da empresa.
Apesar
de, em um primeiro momento, o serviço parecer semelhante entre as várias opções
existentes, características como segurança, custos e a experiência do
consumidor tornam um home broker mais adequado às necessidades do investidor do
que outros.
Para
descobrir os melhores home brokers disponíveis no país, a Proteste, associação
de defesa do consumidor, avaliou o serviço oferecido por 10 corretoras no
Brasil. Todas foram aprovadas no quesito segurança, no qual foi observado se as
ações eram registradas no nome do investidor e se o site usado era seguro.
No
critério de experiência do investidor, a Proteste enviou questionários, se
cadastrou em todas as corretoras, verificaram os recursos disponibilizados
e compraram e venderam ações. As corretoras passaram por análises
qualitativas e quantitativa com base em cenários de transações de clientes.
“Avaliamos
o processo de cadastro ou renovação, o uso pelo celular, a clareza nas
informações referentes às operações, à conta, à carteira e à posição financeira
do cliente, a facilidade para localizar os papéis para investir, a
confirmação da ordem antes de enviar, o quadro de acompanhamento das
ordens enviadas, os problemas nas execuções das ordens, os serviços para o
investidor, os relatórios e recursos para análises de investimentos, o
cardápio de outros investimentos (títulos, fundos, etc.), a navegabilidade, a
rapidez na conexão com o home broker e a possibilidade de a conta ser deslogada
involuntariamente”, informa a Proteste.
Foram
avaliadas as corretoras Ativa, Banco do Brasil, Bradesco, Easyinvest, XP
Investimentos, Itaú, Mirae, MyCap, Rico e Santander.
A XP
ficou em primeiro lugar no ranking, com nota máxima em experiência do
investidor e segurança, e a melhor avaliação final (91%).
A Rico
Investimentos ficou em terceiro lugar no ranking geral e foi
eleita “a escolha certa” pela Proteste, com base em seu desempenho em
segurança, experiência do cliente e custos – um dos mais baixos.
Veja o ranking completo:
Fonte:
Proteste
Na
análise qualitativa, a Mirae e o Santander não puderam ser avaliados em alguns
quesitos relacionados às operações. “Isso se deu por problemas de
liberação do acesso, apesar de seguirmos todos os passos necessários
para começar a operar”, explica a Proteste.
O
Banco do Brasil foi o único que exigiu o comparecimento do cliente à agência
para abertura de contas e entrega de documentos.
Em
relação às transaçaões, as empresas vinculadas a bancos (Banco do Brasil,
Bradesco e Itaú) fazem a transação automática com o saldo da conta corrente do
cliente – a exceção foi o Santander.
Taxas
As
corretoras cobram taxas de corretagem por operação, além das taxas da
Bovespa (0,0325% do valor da operação) e o ISS (em geral, de 5%).
Entre
as que cobram corretagem fixa, os valores variaram de R$ 0,99
(Mirae) a R$ 20 (Banco do Brasil). O Bradesco cobra corretagem em
forma de percentual: de 0,1% a 0,25%. O Itaú e o Santander cobram uma
taxa fixa e percentual: R$ 10 + 0,3% do valor da ordem e R$ 10 +
0,25%, respectivamente.
Quando
há cobrança de taxa de custódia, ela é mensal e varia de 0,013% sobre o
valor (Banco do Brasil) até R$ 30,88 (Santander). A Rico, XP e
a Easynvest não cobram essa taxa. A Ativa, o Bradesco e a Mycap podem isentar
os clientes de acordo com o volume ou número de operações no mês ou
com o plano escolhido.
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